Gecely Dutra foi uma das professoras mais populares em Marília durante os anos 50, 60 & 70. Aqui em foto de 16 Dezembro 1944, dedicada à seu avô materno Giovanni Battista Darin e tios João, Valdemar, Rosa e Yolanda.
Zuleide, Moacyr, Gecely e a caçula Zenaide Dutra (sentada) em foto circa 1935.
Maria Darin nasceu em 1902 em fazenda no município de São José do Rio Pardo-SP no norte do estado. Era a quarta criança, e primeira menina de Erminia Billo & Giovanni Battista Darin, italianos da Provincia de Belluno, que era proprietário de uma fazenda de café e outros produtos para subsistência como cana-de-açucar, arroz, feijão etc.
Gumercindo Dutra, nascido em Casa Branca em 10 Setembro 1894, trabalhava na fazenda de João Baptista Darin, quando pediu a mão da filha mais velha em casamento. Não se sabe detalhes, mas o casamento foi realizado em 27 Setembro 1923. Nove mêses depois, em 3 Julho 1924, nascia Moacyr Dutra, único filho do casal, já que tiveram só filhas depois dele.
Gecely Dutra nasceu em 26 Outubro 1926, na mesma fazenda, em São José do Rio Pardo-SP.
Não se sabe exatamente o que se passava na cabeça do patriarca Giovanni Battista Darin, mas ele, ouvindo maravilhas à respeito de lugares novos como Marília, e desgostoso com algumas contrariedades que passara recentemente, resolveu vender todas suas propriedades na região da Mogiana (Estrada de Ferro Mogiana) e mudar-se para o novo povoado no entroncamento da Companhia Paulista de Estradas de Ferro.
Sr.Darin já tinha três filhos casados: Rissieri Darin casara-se com a italiana Elisa Surian, professora do curso primário instituido na Fazenda; Jácomo Darin casara-se com sua prima Maria Corsini e Maria Darin, que a partir desse momento passa a ser denominada de Maria Dutra, casada com Gumercindo Dutra. Os outras 9 filhos eram ainda solteiros.
Poderia se comparar isso a um verdadeiro êxodo a viagem. Havia quase 50 pessoas na comitiva que deixou São José do Rio Pardo em direção à Marilia, o novo El Dorado, no dia 15 Novembro 1927.
Mas o sonho logo começou a se transformar em pesadêlo, quando Francesco Darin, irmão mais novo de Giovanni, morreu na nova cidade, menos de um ano passado. Logo em seguida morreram várias crianças da família por infecção ou contaminação da água. Marília era um lugar infecto!
Parte da comitiva que tinha imigrado, resolveu voltar p'ra Mogiana, inclusive o filho Rissieri & Elisa, que tinham perdido a filha Lylia Therezinha ao tifo ou diarréia. Diria que entre 10 e 15 pessoas retornaram. Só os mortos ficaram enterrados no Cemitério da Saudade. É triste constatar que o túmulo de Francesco Appolonio Darin, falecido em 1928, que ficava bem perto do portão do cemitério, foi já nos anos 40 removido e seus ossos jogados no 'poço' comunitário.
Gumercindo Dutra foi o 1o. a mudar-se do 'núcleo Darin' e construir uma casa de tábuas na rua São Luiz, em lugar, que futuramente seria altamente rendável. Gumercindo, que tinha sido uma espécie de 'factotum' para o velho Darin, assumiu o comando da sua própria família e tinha a ideia fixa de ascensão através da educação.
Zuleide Dutra, a 3a. criança nasceu em Marilia em 13 Dezembro 1928, mas como Gumercindo estava para visitar São José do Rio Pardo para ver alguns negócios pendentes, ele a registrou como se tivesse nascido por lá.
A última criança da família, Zenaide Dutra, nasceu em Marilia em 30 Dezembro 1932.
Moacyr Dutra foi o 1o. filho e único menino da familia.
Gecely em sua 1a. Comunhão na igreja de Santo Antonio, circa 1935.
1a. Comunhão de Zuleide e Moacyr Dutra.
Gecely diploma-se do Ginasio em 10 Dezembro 1942.
Em 1943, Marilia ainda não tinha Escola Normal, fazendo com que jovens locais se transportassem para outras cidades com o objetivo de tornarem-se professoras. Gecely foi morar na cidade de Agudos-SP, perto de Baurú-SP, concluindo seu curso normal em 1944.
Gecely Dutra no tempo que cursava o Normal em Agudos-SP.
Escola Normal de Agudos-SP nos anos 1940.
Depoimento de Nery Porchia sobre Gecely Dutra
Gecely Dutra foi uma das pioneiras na Associação de Ensino, e eu tive o
prazer de trabalhar com ela 20 anos, nos encontrando diariamente, primeiro
quando fui coordenador do Curso de Letras e depois nos cursos de Ciências
Humanas. Era a mãezona...
A Associação de Ensino era mantenedora de cursos médios e das Faculdades
Integradas de Marília, que foi formada pela união de 14 cursos criados em
épocas diversas. Eu fui coordenador de Bloco de Cursos, como
Pedagogia, Letras, Educação Artística, Serviço Social, Ciências Sociais
(História e Geografia). A Gê era titular de Português em todas, mas dividi a
carga-hora com a dona Aracy e a Ayako.
Quando coordenei Ciências Sociais
Aplicadas com Administração Contábeis, Economia e Formação de Professores para
o 2º. Grau, ‘carreguei’ a Gecely comigo. E quando foi criado o Direito, ela também
deu aula para as primeiras turmas. Nos Vestibulares, a Gecely era efetiva na
correção das redações. Trabalhamos 20 anos juntos. Guardo uma lembrança muito
boa. Nery Porchia - 2012.
Zuleide Dutra, 8 Dezembro 1945; Moacyr Dutra, 7 Dezembro 1946.
Zenaide Dutra, aqui com 16 anos, também se formou professora. Chegou a trabalhar na Radio Club de Marilia, onde conheceu um radialista de Ribeirão Prêto-SP, casaram-se e ela foi viver na California paulista.
Maria Darin Dutra é essa senhora no 1o. plano, à esquerda, obviamente comendo um brigadeiro em festa infantil em 1963.
Corbi Braga wrote at Facebook: Minha professora foi Gecely Dutra, uma grande mestra. Apanhei muito dela com régua e ainda apanhava em casa. Sempre fui rebelde.
Ela tinha bronquite, e quando eu começava o tumulto ela tinha crise. Mas logo passava. Grande mulher. Depois foi para a Unimar.
Gecely era uma cabeça! Professores como ela me colocaram de volta aos trilhos. Ela se casou e foi morar na (rua) Arco Verde, próximo a São Luiz. Estudei na Escolinha do Padre e depois fui para o Gabriel Monteiro da Silva.
Moacyr, seu irmão foi meu vizinho até falecer. Sua esposa (Zéfa) foi para Pouso Alegre-MG com Junior. Era filho de Gecely ou não? Mas vivia com Moacyr. Estudei com ele.
Junior trabalha na Unilever em Pouso Alegre-MG. A esposa de um engenheiro da Unilever escreveu o prefácio de meu livro. Depois vim saber que Junior trabalhava com seu marido.
Carlus Maximus: eram 4 os meus primos mais 'antigos': Moacyr (1925), Gecely (1926), Zuleide (1929) e Zenaide (1931).
Corbi Braga: Moacyr era meu vizinho e colega de profissão: contador. Depois que faleceu, seu Fusquinha ainda ficava na garagem.
Carlus Maximus: sim, o escritório de contabilidade do Moacyr sempre empregou os primos mais pobres... meu irmão Fernando (mais velho) trabalhou de office-boy p'ro Moacyr e depois, meu primo José Carlos Batista fez o mesmo papel.
Corbi Braga: Moacir Radig, trabalhei lá de 1968 a 1979. Moacyr Dutra, José Carlos Batista, o 'Amendoim', jogava futebol de varzea, falecido; Edson Prado Malachias; Carlos Aroldo Bastos, falecido; Emilio Carlos Manzano, médico e muitos outros.
Corbi Braga wrote at Facebook: Minha professora foi Gecely Dutra, uma grande mestra. Apanhei muito dela com régua e ainda apanhava em casa. Sempre fui rebelde.
Ela tinha bronquite, e quando eu começava o tumulto ela tinha crise. Mas logo passava. Grande mulher. Depois foi para a Unimar.
Gecely era uma cabeça! Professores como ela me colocaram de volta aos trilhos. Ela se casou e foi morar na (rua) Arco Verde, próximo a São Luiz. Estudei na Escolinha do Padre e depois fui para o Gabriel Monteiro da Silva.
Moacyr, seu irmão foi meu vizinho até falecer. Sua esposa (Zéfa) foi para Pouso Alegre-MG com Junior. Era filho de Gecely ou não? Mas vivia com Moacyr. Estudei com ele.
Junior trabalha na Unilever em Pouso Alegre-MG. A esposa de um engenheiro da Unilever escreveu o prefácio de meu livro. Depois vim saber que Junior trabalhava com seu marido.
Carlus Maximus: eram 4 os meus primos mais 'antigos': Moacyr (1925), Gecely (1926), Zuleide (1929) e Zenaide (1931).
Corbi Braga: Moacyr era meu vizinho e colega de profissão: contador. Depois que faleceu, seu Fusquinha ainda ficava na garagem.
Carlus Maximus: sim, o escritório de contabilidade do Moacyr sempre empregou os primos mais pobres... meu irmão Fernando (mais velho) trabalhou de office-boy p'ro Moacyr e depois, meu primo José Carlos Batista fez o mesmo papel.
Corbi Braga: Moacir Radig, trabalhei lá de 1968 a 1979. Moacyr Dutra, José Carlos Batista, o 'Amendoim', jogava futebol de varzea, falecido; Edson Prado Malachias; Carlos Aroldo Bastos, falecido; Emilio Carlos Manzano, médico e muitos outros.
distances between Marília-SP, Pouso Alegre-MG, São Paulo and Volta Redonda-RJ.